espero que alguém traga um cão para aqui
"quando, daqui a dois anos, olhares
para mim e para as coisas que disse,
para as coisas que dissémos, que
escrevemos, que jurámos, e em nada
disso encontrares o sangue de agora,
este animal selvagem que corre como
flechas pelo meio das árvores e dos
ossos, promete que não me odeias,
que houve alguma coisa nossa e que
isso merece um lugar na alma, um
magnetismo na alma, que nunca se
desligue, que nunca se apague. houve
aqueles sítios e aquelas mãos foram as
nossas, ainda vão sendo as nossas.
quando o nosso amor não existir mais
e olharmos para aqui é possível que
não vejamos nada. mas, por favor,
meu amor, quando olharmos para aqui
ainda um bocado de nós vai estar
a restar onde é isto. não me feches os
olhos."
não me deixes
um bilhete igual
a este.
Posted at 09:44 pm by pedro tiago